Pedaços de qualquer coisa - O poema rasgado....na tela preenchida

segunda-feira, outubro 29, 2007

Belo programa &etc




Belo programinha de Domingo 28...de Outubro meio Verão/Outono.
Um filme finalista do DOCLISBOA, fica aqui a sinopse, seguido de uma sessão de sushi no campo pequeno...

[Prémio TOBIS para melhor filme português curta-metragem]
de Cláudia Clemente
25´Portugal 2007

"Fundada em 1973, a "& etc" é uma pequena editora que se rege por parâmetros únicos: não tem fins lucrativos, não publica obras comerciais e aposta em autores desconhecidos. Tornou-se ao longo dos anos uma referência no panorama nacional, conhecida tanto pelo lado plástico/estético dos seus livros quadrados, como pela singularidade dos autores que publica, entre os quais João César Monteiro, Adília Lopes ou Alberto Pimenta. Dois responsáveis desta editora, Vitor Silva Tavares e Rui Caeiro, recordam neste filme alguns episódios passados ao longo das três décadas de aventuras literárias."

De se lhe tirar o chapéu...




Obrigado pela presença dos vossos chapéus e mentes divertidas e bem dispostas:)

sexta-feira, outubro 26, 2007

As faces de Guy Pearce




Guy Pearce

Em Factory Girl(2006) que vi recentemente, Pearce interpreta Andy Warhol.

Mantendo as linhas que caracterizam este artista que se tornou um icone da Popart, Pearce consegue convencer pelo seu cinismo, e pelo seu quase desinteresse por tudo o que não vai ao encontro do seu modo de vida. Já o vira em Conde Monte Cristo e a Máquina do Tempo(ambos em 2002) e em Memento(2000), talvez o filme mais marcante desta actor. Em Memento, Pearce sofre de amnésia, tendo perdas de memória constantes, recorrendo à tatuagem e a fotografias para fazer a relação dos acontecimentos que se vão passando em seu torno e do assassinato da sua mulher.

terça-feira, outubro 23, 2007

Poesia da sonoridade




O meu sentimentalismo cinematográfico está rendido a um senhor chamado Randy Edelman, compositor de soundtracks. Ainda ontem estava a rever um dos meus filmes favoritos da Demi Moore, Passion of Mind - Paixões Paralelas (2000), não propriamente pela história, porque acho que não está bem conseguida, mas sim pela ideia que o filme tem, e a boa tripla Moore, Fichtner(Prison Break) e Skarsgard(Fantasmas de Goya). Demi Moore vive duas vidas sem saber qual delas é o sonho e a realidade. Em ambas, envolve-se com homens, e no fim, o espectador prende-se pela tentativa de juntar as peças do puzzle psicológico que atormenta a personagem principal. Boa ideia, bons actores, e claro, excelente banda sonora, colmatada com a fotografia do nosso Eduardo Serra (Rapariga do Brinco de Pérola, Diamantes de Sangue). O filme inicia-se numa aldeia em França, fazendo a passagem de uma vida para a outra com o amanhecer em Nova York. Gostei tanto desta banda sonora que resolvi pesquisar melhor e descobri que o sr.Edelman é também o compositor de um dos meus filmes favoritos, "O Ultimo dos Moicanos"1992, cuja banda sonora é um divindade.
Engraçado esta poesia sonora que nos atravessa a alma perante tal força nas imagens, trabalho coordenado. Que tipo de direcção fotográfica quereria uma pessoa para um filme que alguém estivesse a ver sobre si mesmo? Que panorama, que enquadramento?...Que banda sonora escolheria para o seu movimento, o seu olhar, movimento, murmúrio....?

segunda-feira, outubro 22, 2007

O Tijolo que falta....por agora




Para que esta "saga" de tijolos de qualidade fique completo...por instantes.., também a minha atenção despertou para a recente compilação do trabalho do artista de rua Banksy, cujas intervenções correrem o Mundo, imagens criticas que nos fazem pensar e questionar o que nos rodeia. Questões como a guerra, as super potências mundiais, são um dos alvos predilectos deste senhor. Se alguém quiser oferecer-me...já sabem:)
Talvez seja esta a prenda que vou oferecer a mim mesmo:).

Tijolos de brilho




As minhas prendas deste dia de anos...

Não podiam ter sido melhores...já andava a piscar o olho ao livro do Saudek, e recentemente ouvira falar do lançamento do novo livro de Sebastião Salgado com fotografias de África suportadas por textos de Mia Couto, combinação "fabulástica", de deixar qualquer um em ansiedade para vislumbrar tal mescla de genialidade.

Pois bem, tenho agora em minha posse, através das "meninas" da minha vida...estas páginas de sabedoria e qualidade.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Boa programação



De 18 a 28 de Outubro, diversos locais em Lisboa, o 5º festival Internacional de Cinema Documental...para a semana há bons documentários, vamos a isso.

http://www.doclisboa.org/

quarta-feira, outubro 10, 2007

Textura da falta



Textura da Falta
Produzido por: Pedro Palrão
Com: Pedro Palrão
Ano: 2007
Musica: Michael Nyman "Deep in the forrest"

Memórias de um Assalto



Inspirado no filme "Um dia de Raiva" com Michael Douglas...e um assalto de alguém que já foi assaltado ou será assaltado...

Memória de um assalto


Manejo a cor como a forma do teu olhar…isto é, quando vês.

Transfiguro o teu pensar, para que não seja possível personificar a mente de quem não tem mais sabor. Foi nesse fogo que te perdeste, inspiração lúcida para tal fim, destino imposto pelo comodismo da aceitação de que os dias não se podem coser.

Podem…, pelos vistos, chamam-lhe de viagem contínua, onde o banco não vira para a janela. Que cenário escolheste para te acompanhar?...tu, alma inglória incapaz de contribuir para tal leque de opções vertiginosas? Senta-te porém a meio, onde os distúrbios se cruzam sem te darem alguma importância. Para que te falo assim? Não sei, meu reflexo de relógio de pulso. De teu cantar não sei eu, fujo por entre escombros da hora do “todos em pé”, e do “todos sem lugar”…

É esta a viagem do dia de anteontem, que recordo junto a minha janela, mas, já sem o relógio de pulso.

domingo, outubro 07, 2007

Morte na história




O gato morto atrás do rato morto...que interpretação?

quarta-feira, outubro 03, 2007

Complementos...




A face oculta de Mr.Brooks

Vi na segunda-feira o mais recente filme de Bruce A. Evans (Assassinos – 1995 com Banderas e Stallone) com o senhor Kevin Costner, que regressou na minha opinião aos grandes papéis. “A face oculta de Mr Brooks” é um filme que conta a história de um homem de sucesso que contém o vício de matar. À primeira vista parece um argumento pesado, mas ao longo do filme, Kevin Costner consegue que estejamos sempre do seu lado, compreendendo até de facto a sua necessidade em matar. No filme admiramos até a capacidade de análise que Brooks mantém, estudando a mente das pessoas em seu redor.

Mas a grande carta deste filme para mim, está na actuação de William Hurt (Filhos de um Deus Menor - 1986) que neste filme interpreta “Marshall” a espécie de “amigo imaginário” de Brooks, que acaba por ser a sua consciência ou o seu lado oculto personificado. Interessante os diálogos entre Brooks e Marshall, por vezes sarcásticas, por vezes semelhante a conversa de detectives, que juntos analisam pormenores para desvendar um crime. O que mais me fascina nesta relação, é a forma de como o diálogo fluí, de como se complementam no discurso sem nunca perdendo uma certa moderação no tom de voz, como se de dois irmãos se tratasse. Penso que é das duplas mais bem conseguidas dos últimos anos do cinema. Penso que nas nossas vidas profissionais buscamos sempre pessoas que de alguma forma fluam connosco e nos complementem no pensamento. Earl Brooks e Marshall são a minha dupla de referência. Antigamente eram Bud Spencer e Terence Will, mas andavam sempre à pancada e começaram a fazer filmes a solo. Houve então uma transformação de dupla para tripla, com os 3 mosqueteiros, que flúem como lendas pelo que simbolizam e fizeram. Já no campo profissional admiro bastante a relação que se criou entre Tom Cruise e Cuba Gooding Jr em “Jerry Maguire” e não menos importante o grande Anthony Hopkins e Brad Pitt em “Meet Joe Black?”.

Em Mr.Brooks esta dupla acerta em cheio, uma dupla de dois actores consagrados que fisicamente combinam num misto de charme e sabedoria.