Quero ser um elefante!

Este brilho eterno tem pano para mangas...
Susceptibilidade na condução de um raciocinio que é dirigido pela nossa própria provocação. Kate Winslet em cima de Jim carrey, passeando num mundo entre mundos..."Eu quero ser um elefante"...exclama...bonito..é mesmo isto.

Vamos à chinchada?

Circuit - Jardim Botâncio - Belém - ABril 2007

Estes amigos...encontravam-se no meio das caras bonitas e bem vestidas que descontraidamente bebiam seus champagnes e seguravam a excelente compilação protagonizada pela revista umbigo na edição do livro "Coordenadas do corpo na arte contemporânea". Nós andávamos pelo jardim a visitar a exposição já em desmontagem quando decidimos ir ás nesperas, que belo aspecto continham....
Pelo meio...uma máquina de costura que se deparava com um imenso rollo de retalhos...é como aquela conversa....quanto maior o gigante...maior aquela coisa chamada de "infinito" entre ele e o seu manto...

Gavetas de Sofia Gonçalves

Gostei gostei....do que vi desta artista na FIA...
Cada gaveta parecia como que um mundo próprio...

A Perseguição do "objecto" artístico?

A Perseguição do "objecto" artístico?

A questão da infidelidade, aqui, não consta como uma questão a ser avaliada. A jeito de análise cinematográfica, continuo a acreditar que a relação da criação artística com a emoção sentimental é bastante real, sendo um paradigma ainda com muitas arestas para limar. Quis falar de alguns filmes já anteriormente visionados e todos com algumas linhas semelhantes, sendo que em alguns, essas linhas encontram-se em sentidos opostos. Filmes como: A Rapariga de Brinco de Pérola com a bela Scarlet e o Colin Firth, onde para muitos a jovem criada fora usada pelo grande Vermeer como objecto, que depois de “usado” é deitado fora, recebendo posteriormente um par de brincos como um silencioso sinal de agradecimento. Sim, ele gostava da sua esposa, tinha um monte de filhos, mas a criada conseguia perceber que as nuvens não são somente brancas…, no fundo ela veio preencher algum vazio que existia no interior dele…alguém com quem partilhar a fase da criação(a mais importante) e não apenas a do resultado final. Filmes como: Grandes Esperanças com Ethan Hawke e a Gwyneth Paltrow, onde o jovem pintor persegue a sua musa durante anos que o rejeita e friamente o seduz, para depois o deixar novamente…um jovem pintor baralhado, que representa constantemente a sua eterna Estella…., filmes como “Frida”, onde a presença de Diego Rivera e a sua vida repleta de tristezas e mágoas influenciou directamente a sua obra.

Filmes como: Modigliani….o pintor do Amore Amore…que manteve a sua Jane eternamente consigo mas nem sempre no mesmo caminho…, esta acaba, por suicidar-se após a sua morte. Depois de se alcançar algo…esse algo deixa de ter a importância e a força inspiradora?

Pelos corredores das Belas Artes

Os corredores do meu propósito.

Ainda me recordo da 1º vez que estive na faculdade de Belas Artes...a mítica agressiva deixa do"Aqui ninguém entra com menos de 18 valores de media", seria o dia dos pré-requesitos...mas nada que me afectasse o entusiasmo de ver pessoas tão diferentes do meu mundo escolar "secundária Mem Martins"...a partilharem os pequenos progressos nos seus logótipos em bancos de jardim, pessoas extravagantes com enormes telas debaixo do braço, um pátio cheio de vida e cor de gotas de tinta em inúmeras peças de roupa...de verdadeiros estudantes.
Recordo-me de ver pessoas sentadas nas escadarias da faculdade a desenharem texturas de paredes a estalarem...para mim foi um dia de Primavera muito marcante, sensivelmente há 4 anos..."Faria amor com esta rapariga mesmo aqui" pensei eu no meu entusiasmo artístico...
O meu destino acabou por ser outro parcialmente...a minha média não passou os 14 valores..e nem para escultura tive vaga nesse terrível ano....
Apesar de conviver com algumas pessoas que estudam nesta faculdade, os seus testemunhos que nem são os mais favoráveis a esta instituição...não me apagam a ideia do que seria estudar ali....talvez agora o destino nos junte num mestrado. Na segunda andei por lá a passear, neste corredor de cavaletes vazios, porcos e velhos....mas continuam a ser suportes da ideia inacabada.