Pedaços de qualquer coisa - O poema rasgado....na tela preenchida

quinta-feira, maio 10, 2007

Antevisão



Esquina

Consertou o telhado de luz do seu tormento incolor, sem odor daquela tarde.

Castelo com armação laboral, não quebrava a premissa preestabelecida do anti convencional. Esbatera a réstia de tom claro patente até ao fim do acto de suster a respiração.Deixara posteriormente fugir esse ar que não é de ninguém, corrente de segredos não reclamados.

São como os corpos, que despidos de alma, se aventuram na decomposição material, complexidade de retalhos nessa atmosfera “nós”. São como as torres de lábios selados, avançam a uma só voz, que o silêncio deve ser combatido nas imagens, erguendo as orquestras da forma, traço, cor…

Quem não estiver aqui para ver o telhado de luz entre as fissuras de uma calçada encostada à consciência, selará com enorme declive de percepção, seus lábios secos de tanto encorajamento a não deixar largar o ar, bússola infiel do lenhador de corpos.